Estudo Proposto

 

"A quem recorrer? Por maior que fosse a cultura intelectual trazida do mundo, não poderia alterar, agora, a realidade da vida. Meus conhecimentos, ante o infinito, semelhavam-se a pequenas bolhas de sabão levadas ao vento impetuoso que transforma as paisagens. Eu era alguma coisa que o tufão da verdade carreava para muito longe. Entretanto, a situação não modificava a outra realidade do meu ser essencial. Perguntando a mim mesmo se não enlouquecera, encontrava a consciência vigilante, esclarecendo-me que continuava a ser eu mesmo, com o sentimento e a cultura colhidos na experiência material."

— Livro Nosso Lar - Capítulo 2 - Clarêncio 

 

O Choque

Intelectualidade sem Espiritualidade

 

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O que o Mundo sabe sobre a realidade Espiritual? Muito pouco. Mesmo com o advento do Espiritismo.

Onde a verdadeira vida, se a do Mundo que vivemos é efêmera?

É um quadro difícil, o do Médico André Luiz, que cultivou a crença em ilusões materiais, apesar de ter a disposição uma crença religiosa cristã.

Os conhecimentos que até então André Luiz adquirira não solucionava sua situação atual após a morte. A verdade para muitos é dolorosa no além-túmulo. É um tufão que nos distância da ilusão, não obstante sofrer por isso.

Provavelmente André ao se defrontar pela primeira vez no Umbral, deve ter tido um choque tão grande, que mentalmente buscou soluções, como a de estar vivendo um sonho, para depois se entregar a revolta até a exaustão mental.  Cansado de lutar contra a realidade, agora ele pensa melhor, reflete seu estado. Ele identifica o si mesmo.

São minutos de consciência vigilante proporcionados pelas lágrimas, antes represadas e outras providências intersessórias, não relatadas nessa parte da obra, que iremos mais tarde saber.

Tentou encontrar respostas na hipótese da loucura. Mas não é possível a loucura se está consciente de tudo a sua volta e de si mesmo. Ele é o que sempre foi antes da morte. Os sentimentos e tudo que cultivara em vida estava ali, presente em si mesmo.

A não aceitação da realidade não será uma espécie de loucura?

No livro “E A VIDA CONTINUA...” do Espírito André Luiz, psicografia do Médium Francisco Cândido Xavier, iremos ver que muitas pessoas, mesmo quando não despertam nas Zonas Inferiores, após a morte, são levadas a instituições que se assemelham a um sanatório para doenças mentais. Vemos os personagens Evelina Ernesto Fantine, que haviam desencarnado, mas não tinha a noção que estavam no plano espiritual, pois suas individualidades são comprovadas pelas próprias culturas e sentimentos que mantinham quando vivos. No livro há um diálogo com a Sra. Alzira, também interna em tratamento na instituição, sobre a possibilidade de estarem internados em clínica para tratamento mental:

Alzira sorriu e confirmou a disposição de palestrar, dando aos amigos todos os esclarecimentos que se lhe fizessem possíveis.
Fantini segredou:        — Voltando ao assunto, não considera a senhora que nos achamos sob assistência especializada, do ponto de vista da mente?
 
— A princípio — aclarou Alzira —, também pensei assim. Notem que nos sentimos aqui de pensamento mais leve e cabeça sempre mais clara por dentro. As ideias fluem com tanta ligeireza e espontaneidade que parecem tomar corpo, junto de nós. Concordo em que nos encontramos num tipo de vida espiritual diferente, muito diferente daquela em que vivíamos, até a nossa vinda para cá. Apesar disso, porém, não creio estejamos nós num manicômio. Certamente já sabem que estamos rodeados por vida citadina muito intensa. Residências, escolas, instituições, templos, indústrias, veículos, entretenimentos públicos...  
 
— Quê?... — disseram Evelina e Ernesto a um só tempo.

(E a Vida Continua...- Espírito André Luiz. Médium Francisco Cândido Xavier)

 

Quê? Vida espiritual diferente? Escolas, residências, instituições, etc? Depois da morte?

Sim, vida espiritual diferente da que a cultura aqui na Terra dos encarnados vive e acredita existir. A vida espiritual é intensa e dinâmica.

Vamos estudar melhor e receber esclarecimento, em especial da Colônia Nosso Lar e suas atividades,  nos próximos capítulos.

André sabe que a loucura não permite tais indagações mentais, como: "a quem recorrer?" 

Tudo que cultivou e todos os seus sentimentos permanecem vigilantes. Ele é o André Luiz de sempre. O mesmo que nasceu, viveu e desencarnou. A permanência da individualidade após a morte é aqui anotada pelo André Luiz, confirmando o “O Livro dos Espíritos” do Allan Kardec.

André Luiz reconhece que nem sempre a cultura intelectual do Mundo pode fazer diferença na situação que iremos nos encontrar no Mundo Espiritual . 

"- Por maior que fosse a cultura intelectual trazida do mundo, não poderia alterar, agora, a realidade da vida." Narra o André.

No Livro Entre a Terra e o Céu do Espírito André Luiz, psicografia do Francisco Cândido Xavier, no relato da irmã Blandina, cita que não podemos reter conhecimento sem aplicação do amor ao próximo.

– Ah! são muitos!... – ponderou a nossa interlocutora, gentil – temos para demonstração mais prática os absurdos da megalomania intelectual. Há pessoas, na Terra, que não se acautelam contra os desvarios da inteligência e fazem da astúcia e da vaidade o clima em que respiram. Insistem na inércia do coração, abominam o sentimento elevado que interpretam por pieguismo e transformam a cabeça num laboratório de perversão dos valores da vida. Não cuidam senão dos próprios interesses, não amam senão a si mesmos. Não percebem, contudo, que se ressecam interiormente e nem imaginam os resultados cruéis da cerebração para o mal.

Entre a Terra e o Céu - Cap. 10 - Preciosa conversação

 

O intelecto do André Luiz, mal usado, levou-o a desdita no Mundo Espiritual. André Luiz foi um dos "muitos" que a irmã Blandina narra na obra.

O que será de nós, após essas informações? Que conhecimentos estamos cultivando?

Está claro que  se nosso conhecimento está preso a inércia, ou em atividades construtivas da desordem e da desarmonia, cultivando ódios gratuitos, apenas para fazer prevalecer nossos pontos de vistas, certamente não poderemos reclamar ao despertarmos em regiões infelizes após o desencarne.

Principalmente nós Espíritas que temos muitos conhecimentos que o André Luiz não teve. Será mais grave ainda o delito. Não haverá para quem recorrer a não ser aguardar dissipar as energias desequilibras que mobilizamos por nossa própria vontade.

O equivoco de André Luiz e de muitos de nós é crer que nossas riquezas intelectuais são nossa propriedade, dando-nos os poder de agir como queiramos.  Infelizmente para o André e muitos, vão descobrir que nossos talentos nos foi dado por Deus para usufruto.

Ninguém mais do que o Ministro da Regeneração, o Sânzio, nos confidenciou na obra Ação e Reação.

"Assim, pois, somos simples usufrutuários da Natureza que consubstancia os tesouros do Senhor, com responsabilidade em todos os nossos atos, desde que já possuamos algum discernimento, o Espírito, seja onde for, encarnado ou desencarnado, na Terra ou noutros mundos, gasta, em verdade, o que lhe não pertence, recebendo por empréstimos do Eterno Pai os recursos de que se vale para efetuar a própria sublimação no conhecimento e na virtude. Patrimônios materiais e riquezas da inteligência, processos e veículos de manifestação, tempo e forma, afeições e rótulos honoríficos de qualquer procedência são de propriedade do Todo-Misericordioso, que no-los concede a título precário, a fim de que venhamos a utilizá-los no aprimoramento de nós mesmos, marchando nas largas linhas da experiência, de modo a entrarmos na posse definitiva dos valores eternos, sintetizados no Amor e na Sabedoria com que, em futuro remoto, Lhe retrataremos a Glória Soberana. "

Ação e Reação - Cap 7 - Conversação Preciosa

 

Até as nossas "...riquezas da inteligência" são patrimônios divinos, emprestados, que devemos prestar contas como na parábola dos talentos.

O Ministro Sânzio enfatiza a necessidade de prestarmos contas do que recebemos como usufruto de Deus.

Dessa maneira, é fácil perceber que, após conquistarmos a coroa da razão, de tudo se nos pedirá contas no momento oportuno, mesmo porque não há progresso sem justiça na aferição de valores.
Ação e Reação - Cap 7 - Conversação Preciosa

Os conhecimentos do André Luiz, "ante o infinito", como ele mesmo se refere, não foi suficiente para evitar e elucidar terrível destino após a morte.

O que estamos fazendo dos talentos que Deus nos emprestou nessa vida? 

Espalhando ódio, desarmonia, injustiça, tristeza, medo, terror ou estamos promovendo harmonia, paz, união, intelecto, esperança no futuro, fé, amor, caridade, justiça?

Façamos essa análise das nossas ações e saberemos que mesmo com todo o conhecimento do Espiritismo, esse conhecimento não nos habilita  estarmos em esferas superiores. Vale mais o bem que fazemos concomitante a esse conhecimento.

Atenção!   A caridade não pode estabelecer a libertação absoluta de nossas faltas perante as leis divinas.  

Uma falta é uma falta e terá consequências que obrigatoriamente teremos que prestar contas para restabelecer a harmonia da nossa alma e consequentemente seu progresso.

Compartilhemos em benefício do  próximo os talentos que Deus nos concedeu. Por empréstimo!

Um grande abraço! Saúde e muita paz a todos e a todas!

 

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Idealização e execução by Edson Roberto - Contato: estudo@estudonossolar.com.br

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